Sexta-feira, dia 05, no auditório do Edifício Cidade I, Rua Boa Vista 170, o cientista político Fernando Abrucio, professor da FGV SP, encerrou o Ciclo de Eventos sobre Conhecimento e Inovação no Setor Público, edição 2008, proferindo palestra sobre o tema “Governança Metropolitana”.
Em sua apresentação, Abrucio fez uma minuciosa análise do tema, discorrendo sobre como a questão da governança tem sido tratada no Brasil nos últimos anos, mormente após a promulgação da nova constituição brasileira em 1988.
Dentre os inúmeros elementos expostos pelo palestrante, três chamaram muito minha atenção.
1. A governança metropolitana ainda está por ser construída. O medo da conformação de um quarto poder faz com que as prefeituras vejam na governança metropolitana uma maneira de diminuir competências hoje atribuídas aos governos locais, o que os coloca como “inimigos” naturais da idéia. A instituição de uma governança metropolitana passa, portanto, por uma delicada desconstrução da idéia de quarto poder e da sensibilização das prefeituras para os ganhos que poderiam advir do tratamento integrado de certos problemas que extrapolem limites municipais.
2. A inexistência de uma governança e a ausência de um sentimento de cidadania metropolitana têm levado a uma sub-representação política das regiões metropolitanas, fato que dificulta a emergência no debate político e na agenda dos governantes de questões que extrapolem os limites físico-territoriais de uma dada municipalidade.
3. Embora não fique evidente que a inexistência de uma governança metropolitana prejudique a canalização de investimentos para as regiões metropolitanas, é certo, no entanto, que a ausência dessa mediação leva a uma desarticulação entre as inversões feitas nas metrópoles atenuando seu impacto positivo.
Sob a órbita da atração do conhecimento, a fala do professor Abrucio nos deixou a idéia de que a ausência de uma governança metropolitana dificulta o entendimento, a discussão e a adoção de uma política de incentivos para serviços e atividades de alta sofisticação, cada vez mais disputados pelos países, dado o impacto crescente desses elementos na formação da riqueza das nações.
O professor Abrucio não utilizou slides em sua palestra. A sua fala foi, no entanto, totalmente filmada e estará dentro em breve disponível no IPTV da USP.
A apresentação do professor foi, ainda, a primeira a ser apresentada ao vivo pela Internet, em caráter experimental, utilizando o Mógulus, ferramenta gratuita disponível na Internet.
Veja aqui um pequeno trecho da palestra.
Em sua apresentação, Abrucio fez uma minuciosa análise do tema, discorrendo sobre como a questão da governança tem sido tratada no Brasil nos últimos anos, mormente após a promulgação da nova constituição brasileira em 1988.
Dentre os inúmeros elementos expostos pelo palestrante, três chamaram muito minha atenção.
1. A governança metropolitana ainda está por ser construída. O medo da conformação de um quarto poder faz com que as prefeituras vejam na governança metropolitana uma maneira de diminuir competências hoje atribuídas aos governos locais, o que os coloca como “inimigos” naturais da idéia. A instituição de uma governança metropolitana passa, portanto, por uma delicada desconstrução da idéia de quarto poder e da sensibilização das prefeituras para os ganhos que poderiam advir do tratamento integrado de certos problemas que extrapolem limites municipais.
2. A inexistência de uma governança e a ausência de um sentimento de cidadania metropolitana têm levado a uma sub-representação política das regiões metropolitanas, fato que dificulta a emergência no debate político e na agenda dos governantes de questões que extrapolem os limites físico-territoriais de uma dada municipalidade.
3. Embora não fique evidente que a inexistência de uma governança metropolitana prejudique a canalização de investimentos para as regiões metropolitanas, é certo, no entanto, que a ausência dessa mediação leva a uma desarticulação entre as inversões feitas nas metrópoles atenuando seu impacto positivo.
Sob a órbita da atração do conhecimento, a fala do professor Abrucio nos deixou a idéia de que a ausência de uma governança metropolitana dificulta o entendimento, a discussão e a adoção de uma política de incentivos para serviços e atividades de alta sofisticação, cada vez mais disputados pelos países, dado o impacto crescente desses elementos na formação da riqueza das nações.
O professor Abrucio não utilizou slides em sua palestra. A sua fala foi, no entanto, totalmente filmada e estará dentro em breve disponível no IPTV da USP.
A apresentação do professor foi, ainda, a primeira a ser apresentada ao vivo pela Internet, em caráter experimental, utilizando o Mógulus, ferramenta gratuita disponível na Internet.
Veja aqui um pequeno trecho da palestra.
Confira também, os dois depoimentos exclusivos do professor Abrúcio para o “Persona” e para o “O que você pensa”, atrações exclusivas da Rede Paulista de Inovação.
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