Eu explico. Pelas suas características, essas formações fornecem ao professor um suporte gráfico bastante lúdico e intuitivo para trabalhar a diferença entre dados, informações e conhecimento, demonstração esta, fundamental para entender a disciplina em sua correta dimensão e, a partir daí, definir suas técnicas e ferramentas.
Se esta diferença não ficar clara, a tendência de confundir Gestão do Conhecimento com Gestão da Informação se agiganta e a tecnologia começa a empurrar o resto - entenda-se como resto, inclusive, as pessoas - para a periferia da questão. Nesta visão, nada escapa a um bom datawarehouse.
Estou falando isto para exaltar um site australiano, chamado anecdote, que descobri ao navegar pelo portal do David Gurteen, a mais ampla referência virtual que conheço sobre Gestão do Conhecimento.
O principal trabalho da equipe multidisciplinar que toca o anecdote consiste em identificar, trazer à tona e conectar à estratégia da organização histórias corporativas relevantes, mas que, normalmente, não são "enxergadas" pelos radares burocráticos da instituição. Somente histórias captam o que realmente está ocorrendo na organização, dizem os autores, com a minha humilde concordância
Para sustentar essa visão, o time da anecdote utiliza de forma consistente e convincente os princípios da Gestão do Conhecimento, deixando sempre muito presente que dados e informações não podem ser tratados como sinônimos de conhecimento, e mais ainda circulam por domínios completamente distintos.
Para fundamentar suas idéias, a equipe publicou um ótimo whitepaper aqui disponível para download gratuito, sobre o que consideram, de fato, vem a ser gestão do conhecimento. A linguagem adotada, como não poderia deixar de ser, é bastante coloquial e baseia-se na metáfora dos nossos famosos icebergs.
Ah! Se não fossem eles.
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