No momento o projeto de lei do localismo está sendo debatido no Parlamento (aliás, vale dar uma olhada no site, especialmente na didática explicação sobre seu funcionamento). Se aprovada, esta lei irá mudar o equilíbrio de poder entre governo central, governos locais e cidadãos britânicos.
Existem diversas definições do que é Localismo, mas em síntese trata-se de uma preponderância de soluções locais, desenvolvida por grupos relativamente menores e geograficamente próximos, em oposição a decisões tomadas por um organismo central e distante. Alguns pontos característicos são:
Uma outra discussão interessante em torno desse tema é o hiperlocalismo, expressão usada especialmente no contexto de mídias sociais. Trata-se do desenvolvimento de comunidades virtuais ligadas a uma vizinhança. Pra dar uma referência paulistana, uma solução desenvolvida para a região da sub-prefeitura de pinheiros seria um exemplo de localismo, enquanto a comunidade no Facebook dos frequentadores do Clube Pinheiros seria um exemplo de hiper-localismo. Mas também caem na categoria do hiper-localismo o jornalzinho da vizinhança, uma rádio ou tv comunitária, ou blogs.
Aqui no Reino existem uma série de iniciativas para fomentar o desenvolvimento de website hiper-locais, como a Social Media Surgery, e o Talk about Local , bem como para fomentar o uso do hiperlocalismo por governo locais, como o Local by Social . Uma pesquisa da consultoria Networked Neighbourhoods sumariza os impactos de alguns destes sites comunitários.
Basicamente, o hiper-localismo colabora para o fortalecimento de comunidades, o desenvolvimento de um canal de relacionamento através do qual serviços públicos podem contatar cidadãos de uma forma segmentada, e potencialmente o fortalecimento de um senso de responsabilidade social e cidadania. Ou no mínimo, um senso de boa vizinhança.
Publicado também no igovbrasil.com.
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