O primeiro 'storyboard' a gente nunca esquece

Quando eu comecei a dar aula na FAAP, nos idos anos 80, um retro projetor era disputado à tapa pelos docentes. Eram caros e raros. Tinham que ser reservados com muita antecedência.

Eles representavam o supra-sumo da modernidade. Quem quisesse dar uma aula diferente, lúdica (imaginem vocês, chamar aquilo de lúdico), tinha que queimar umas transparências - era assim que se falava naqueles tempos remotos - e apresentá-las com o uso do mágico retro projetor.

A modernidade acabava por aí, pois as transparências apresentavam aos alunos textos comuns, digitados, digo datilografados, em letra grande, usando esferas das máquinas elétricas IBM.

Mais tarde, começaram a surgir os programas de apresentação. O primeiro que eu usei, foi o PC Storyboard da IBM. Era meio complicado de usar, digamos que era mais "user killer" do que "user friendly", mas permitia a criação de apresentações mais elegantes.

Daí para frente os programas foram se sucedendo, tornando-se cada vez mais sofisticados.

Embora esse recurso seja hoje quase que indispensável para uma apresentação, continua sendo, como dizia o Adoniran Barbosa, uma faca de dois legumes.

Vejo ainda muitas apresentações que se limitam a mostrar slides com frases longas, repetidas monocordicamente pelo docente ou palestrante.

Isto de moderno não tem nada, a não ser a fachada.

Os softwares de apresentação permitem transformar a aula em uma sessão muito interessante, mas o docente tem que dar tratos à bola para fazê-lo. Não basta um PowerPoint para impedir o ronco da platéia.

Ontem pela manhã, como de hábito, ouvi na CBN, o Mundo Corporativo, inserção diária no jornal matutino da rádio, onde o Max Gehringer com muito talento e bom humor, dá pistas para quem quer ter sucesso na vida profissional. Ontem ele deu dicas sobre a montagem de apresentações de sucesso.

Vale à pena ouvir suas orientações e colocá-las em prática sempre que formos chamados a fazer apresentações. A platéia agradece.

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