Sociedade Audiovisual


Li esta semana que o Youtube transformou-se no segundo maior site de buscas da Internet.

De acordo com os dados da ComScore, empresa especializada em acompanhar e estudar o perfil dos acessos à rede mundial, em agosto de 2008, pela primeira vez, o Youtube ultrapassou o Yahoo em número de buscas (2,6 milhões contra 2,4 milhões). Em primeiro lugar continua o Google com 7,6 milhões de buscas.

Em uma sociedade cada vez mais áudio visual, conforme apontado por Sérgio Bolliger no PodCast “Pensando Alto” desta quinzena, esta tendência não chega a surpreender.

Do ponto de vista tecnológico, embora eu não conte com estatísticas a respeito, minha sensação é de que a cultura da imagem tem sido impulsionada pela continua ampliação da banda de transmissão disponível para acessar páginas da Internet, pela sofisticação nos dispositivos de compactação dos arquivos transmitidos, pela disponibilidade de filmadoras “profissionais” por preços “amadores” e pela crescente existência de ambientes gratuitos para a hospedagem de filmes.

Mas eu estou falando sobre isto aqui no iGov Saber, pois estou convencido que os vídeos tornaram-se mais do que nunca instrumentos fundamentais para estimular o processo de aprendizagem.

É verdade que um docente com criatividade e conhecimento acima da média pode encantar os alunos por horas, simplesmente contando histórias. Ao longo da vida, no entanto, vi poucos professores com tal qualificação intelectual e histriônica. Na maioria dos casos, as aulas, palestras e seminários que eu que eu tenho presenciado, tratam de assuntos potencialmente envolventes de forma burocrática e sonolenta.

É óbvio que os docentes mais antigos não contavam com estas facilidades tecnológicas em sala de aula, e muito menos em casa, coisa de muito poucos anos para cá. Para eles, a barra era mais pesada, estou de pleno acordo, e por isso mesmo relembro com muita saudade e respeito daqueles que já fugiam do lugar comum lá no querido Colégio Brasílio Machado e na FEA.

Hoje, no entanto, o professor dispõe um suporte tecnológico bastante diversificado que vai desde um humilde aparelho de videocassete a um sofisticado monitor LCD, de uma velha fita de um filme inesquecível a um clipe feito pelos próprios alunos. Enfim, não dá para construir um curso sem examinar a possibilidade de incorporar um vídeo que possa atiçar a imaginação, estimular a criatividade e sobretudo fortalecer a vontade de aprender.

Para pensar nessa aula mais contemporânea, o maior obstáculo dos docentes, me incluo entre eles, não está mais na tecnologia, mas em nossos modelos mentais e passado taylorista. Temos que superar este gap se quisermos continuar falando com a moçada.

Ah! O cinema em três dimensões estará chegando a nossas casas em breve. E, nas salas de aula?

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