Tudo muda de forma avassaladora nos dias de hoje. É como se todos estivéssemos em cima de uma esteira ultrarrápida e, o que é pior, com a velocidade aumentando a cada momento.
Mais ainda, você não sabe o destino da esteira e nem o momento exato de pular fora.
Neste cenário, que só tende a se tornar mais crítico ao longo dos próximos anos, diminui o espaço das respostas prontas, dos manuais, dos procedimentos inquestionáveis. Em outras palavras, a nossa zona de conforto está cada vez mais estreita e nada, até o momento, sugere que esse quadro vá se estabilizar.
Qual a saída?
Se eu soubesse, prazerosamente, dividiria com vocês. Mas, pelo menos até onde eu possa enxergar, não a vislumbro. Desconfio de saídas mapeadas, fáceis de encontrar. Normalmente o caminho pode ser até agradável, mas quase sempre nos transporta para becos sem saída.
O que posso antecipar, nesse ambiente caótico, é que a criatividade passou a ser um atributo que vale ouro. Quando não há saídas prontas, é preciso inventá-las.
Ocorre que, colocar a criatividade na ordem do dia, não é tarefa que se faça em um piscar de olhos. As escolas moldadas pelas demandas da sociedade industrial foram concebidas para inibi-la e não para fazê-la aflorar. Nelas, o obedecer vem antes do pensar. Reverter esse quadro requer reinventar todo o sistema educacional, o que não é fácil, nem para quem ensina, nem para quem aprende.
A dificuldade, entretanto, não serve de desculpa para deixar o problema para lá. A reconstrução é inevitável e cabe fazê-la o mais rápido possível. Neste sentido, felizmente, tem crescido, em anos recentes, o número de escolas que vem trabalhando seus currícula e métodos pedagógicos, no sentido de aproximá-los das complexas demandas da nascente sociedade do conhecimento, ávida por cabeças pensantes, capacidade analítica e visão compreensiva dos problemas.
Os três vídeos, a seguir apontados, para os quais peço a atenção de vocês, tratam dessas mudanças e cumprem o sagrado papel de nos fazer pensar.
O primeiro, para quem ainda não assistiu, mostra a clássica palestra do educador Ken Robinson proferida no TED.
O segundo, mostra uma animação muito bem feita, narrada por Gustavo Horn, que dá boas dicas sobre esse tal de processo criativo.
O último, especula como seria essa escola do futuro.
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